EX-PREFEITO DE TAQUARITINGA É ENCONTRADO MORTO COM SINAIS DE VIOLÊNCIA DENTRO DE CASA
Polícia investiga latrocínio; vítima já havia sido afastada do cargo por improbidade administrativa
O ex-prefeito de Taquaritinga (SP), Vanderlei Mársico, de 73 anos, foi encontrado morto dentro de casa na manhã desta quinta-feira (10), com sinais de violência. O caso aconteceu na Rua Visconde do Rio Branco, no centro do município, e é investigado como latrocínio — roubo seguido de morte.
Segundo a Polícia Militar, Mársico foi localizado sem vida em sua cama, com os pés amarrados e ferimentos aparentes. A residência estava completamente revirada e o carro da vítima havia sido levado. A suspeita inicial é de que criminosos tenham invadido o local durante a madrugada.
Equipes da PM foram acionadas por volta das 9h10 por uma funcionária da casa, que encontrou o corpo ao chegar para trabalhar. Até o momento, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
PASSADO POLÍTICO E AFASTAMENTO
Empresário e político influente na cidade, Vanderlei Mársico foi prefeito de Taquaritinga por duas gestões, atuou como vereador por três mandatos e chegou a presidir a Câmara Municipal. Ele deixa sete filhos.
Desde fevereiro de 2024, Mársico estava afastado da Prefeitura por decisão judicial, sob acusação de improbidade administrativa e danos graves ao erário público. A decisão foi baseada em investigações que apontaram inconsistências nos valores informados pela Prefeitura em 2022.
Conforme apurado pelo Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado (TCE), em 2022 o saldo financeiro informado era de R$ 77,8 milhões, mas os extratos bancários comprovaram apenas R$ 5,98 milhões, uma diferença de 30,55% a menos da receita corrente líquida do município.
As irregularidades, segundo a juíza Taiana Horta de Pádua Prado, da 2ª Vara de Taquaritinga, tiveram início em 2017, no primeiro ano do mandato. O Judiciário destacou que, mesmo com diversas notificações, não houve retorno ou medidas por parte da gestão municipal para resolver as ilegalidades. “Tudo que sempre fora relatado continuou e continua a existir”, aponta trecho da decisão judicial.
Com informações Metrópoles